quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Mitos - Saúde e Persistência

Mitos – Saúde e Persistência
MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mitos – Saúde e Persistência
Anterior: Mitos da Piedade



Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo ou de outra característica astrológica.



Mitos: Saúde e Persistência

A razão desse título, o qual parece tentar “incluir” mitos distintos num mesmo tema, se justifica pelo seguinte:
83 Fraternidade (“conjunto”) / 84 Higidez (“saúde”) / 85 Persistência (conforme fundamenta a  Teoria dos 144 números); além do mais, tal junção pode chegar até a deixar transparecer que – de alguma forma – a exata coerência grega (daquela época) seguia – embora de modo primário – as consistências (e filosóficas) dadas por essa lógica numérica (atual?!).
Quem já leu (ou ainda pretende ler) os ‘Mitos da Amizade’ (que se enquadram nesse junção), em muito devem se beneficiar em termos de lógica, quanto ao que expressa – curiosamente – essa integração numérica.



Apolo

Filho de Zeus e Leto, Apolo (o Sol) era o deus da luz, da cura pelo encantamento; um médico eficaz por poder purificar – diretamente – a alma de suas nódoas (de cada paciente).
Quando Apolo nasceu, cisnes dados por “alvos tipos de candura” deram sete voltas ao redor da ilha de Delos; se tornando assim o deus que era elogiado pelos seus inumeráveis atributos.
De sua paixão – aliás trágica – pela ninfa Corônis resultou o nascimento de seu filho Asclépio, o qual se formou em medicina com louvor, estudos que foram ministrados por Quiron (o centauro) no monte Pélion.
Seu templo de Delfos era o mais belo, mais rico e célebre, onde pessoas de todas as partes iam visitar em busca de consultas pelo oráculo – deveras – aspirado por todos.
Nos monumentos, o deus se mostra sem barba, pelo fato do Sol nunca envelhecer; seu arco e flecha simbolizavam os raios e sua lira a harmonia dos céus; quando venerado como médico era representado com uma serpente aos seus pés.



Asclépio (ou Esculápio)

O nascimento de Asclépio ocorrera em plena tragédia quanto ao seu sentido – praticamente – de ordem familiar; pois esse fato implicara no seguinte: Corônis (como mortal), filha de Flégias, rei dos Lápitas, ao refletir sobre as possibilidades de seu destino, incluindo nesse caso a eterna juventude de Apolo, presumiu que – necessariamente – seria desprezada (abandonada) por aquele deus durante sua – inevitável – velhice, ousando assim, mesmo estando grávida a se envolver intimamente com Isquis. As conseqüências de seu ato foram imediatas, resultando na morte de Ísquis por Apolo; e como se não bastasse, fora liquidada pelas flechas de Ártemis (Diana), que apenas cumpria o pedido de seu irmão.
Entretanto, Corônis, nesse momento de agonia, viu que a criança fora extraída de seu ventre ainda com vida e dada sob o nome Asclépio (cuja etimologia seria desconhecida); sendo depois entregue aos cuidados da ama de nome Trígona. Como expressivo aluno de Quiron se transformou num dos mais brilhantes médicos (de seu tempo).
Em Epidauro, onde Apolo – seu pai – já atuava como médico há muito tempo, desenvolveu uma escola altamente especializada em medicina, cujos métodos de ensino eram inusitados e os resultados – em termos de curas – “assombrosos”. Tanto é que chegou até a ressuscitar vários mortos, cujo fato abalara – como alerta de segurança – o próprio deus Plutão, o qual anunciou a Zeus essa sua temeridade; ou seja, o perigo de ocorrer a repleção do mundo. Zeus fulminou Esculápio com seus raios. Inconformado, Apolo atacou os Ciclopes dos raios que eliminaram seu filho, sendo penalizado pelo exílio, indo morar nos campos e bosques da terra – durante um ano – aonde passou ao lado de Pã.
Asclépio teve vários filhos, entre eles os médicos Podalírio e Macáon; e as filhas Panacéia e Higéia (a própria saúde).


Seu culto se iniciou em Epidauro, se difundindo por toda a Grécia. Era representado por uma estátua de ouro e marfim sob a figura de um homem mantendo um bastão enroscado por uma serpente. A ele consagravam o galo, a serpente e a tartaruga, animais dados como símbolos necessários da prudência médica.



Higéia

Higéia nasceu sob dupla descendência de Apolo, por parte  de seu pai Asclépio e também pela sua mãe Lampécia, filha do deus Sol e Climene.


Os gregos a veneravam como a deusa encarregada de velar pela saúde dos seres vivos, portanto, não só em relação aos homens, mas também em benefício dos animais; e até mesmo em razão de suas necessárias inspirações salutares. Desse modo, sugeria os alimentos fundamentais pela existência natural, bem como, os remédios, necessários em função de cada doença.
Em cada templo de Asclépio, Higéia figurava com sua estátua, sempre venerada  como rainha da medicina.



Salus – a Saúde

Entre os romanos o padrão de saúde se expressava em consideração da deusa Salus, pela qual, dado seu fundamento essencial – salutar e vital –, consagraram vários templos em Roma; instituídos sob a direção de sacerdotes especializados quanto ao valor real de seu culto; pois, nisso implicava a própria salubridade do estado romano; ou seja, conforme as prescrições de ordem política, que envolviam até os imprescindíveis tipos de decisões do governo.


(continua)