segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Mitos da Piedade

Mitos da Piedade
MITOLOGIA E ASTROLOGIA:Mitos da Piedade


Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo ou de outra característica astrológica.

Baucis e Filêmon



Zeus, por sua própria função como Juiz do Universo, se preocupara em conhecer na prática a qualidade interior dos mortais, quanto ao que nesse sentido: sentiam, cuidavam (intimamente) e praticavam sob os valores expressos do (padrão) senso de Piedade. Mas, para obter o resultado correto – dessa questão –, a pesquisa deveria ser feita pessoalmente, não como diante de um deus, senão os homens poderiam reagir de forma insensata. Resoluto, decidiu visitar a Frigia na companhia de Hermes (Mercúrio), o qual não podia mostrar suas “asas”, pelo fato de que ambos sob disfarces, simulavam dois indigentes em função do próprio plano. Assim desceram naquele determinado setor de ordem terrena.
Após longas caminhadas pelos bosques da região, finalmente os dois encontraram um local dado para habitações humanas (povoado), no qual havia até um modesto burgo. No entanto, aquele tipo de teste (humano) exigia extrema seriedade; tanto é que os dois deuses – sob formas humanas, como peregrinos –, se sentiram fatigados, sedentos e famintos, cuja alternativa consistia em buscar – rapidamente – um providencial auxílio na mais próxima moradia; sendo entretanto, rechaçados como tipos inoportunos de mendigos. E a reação humana foi sempre a mesma diante de suas visitas (como peregrinos) subseqüentes.
Descrentes do menor sinal de benevolência humana, os dois deixaram o povoado e logo avistaram uma cabana; para onde se dirigiram. Era a casa de um casal de idosos, Baucis, e seu marido Filêmon, unidos desde a juventude até a velhice, que juntos abriram a porta com simpatia e extrema cordialidade – frente aos peregrinos.


Dentro da choupana, conforme os hóspedes celestiais constataram, tudo só se expressava sob a mais plena humildade, sem contudo deixar de se caracterizar num ambiente muito bem cuidado, deveras asseado. Como se sob um tipo de prontidão –  ou já aguardando por aquele momento –, o casal se apressou para poder atender seus estranhos visitantes o quanto antes.  Por isso, Filêmon correu (desajeitado pela própria velhice) em direção de sua horta em busca do que tinham para servir naquela refeição improvisada; enquanto Baucis se apressava nos preparos da cozinha.
Após inauditos esforços, eles conseguiram oferecer um delicioso repasto aos simulados peregrinos. Filêmon, benevolente chegou até a colocar sobre a mesa o pouco de vinho que lhe restara, o qual preservava somente para uma ocasião especial (solene).


Enquanto a refeição prosseguia, os anfitriões notaram algo de estranho: o vinho embora sendo consumido normalmente se renovava no jarro. Assim, ao reconhecerem seus hóspedes como deuses, caíram de joelhos pedindo perdão pela pobreza no acolhimento; e ainda ofereceram em sacrifício o único ganso – de estimação – que tinham, por louvor aos mesmos; o qual foi rejeitado.

   
Pois, Zeus queria apenas que o seguissem até o alto de uma montanha próxima, e os dois prontamente obedeceram. A parada de Zeus, a qual indicava o fim do percurso – feito com dificuldade pelos anciões –, despertava um desejo de olhar para baixo, cuja visão era entristecedora: a região tinha sido alagada. Mas – de cima –, observando melhor, parecia que a cabana  de Baucis e Filêmon “flutuava”, ou melhor, permanecia elevada sobre a enchente. Alem disso, raios de luzes foram surgindo sobre a mesma, que em poucos instantes, sob uma espantosa transmutação se constituíra num magnífico templo.  
Depois disso, Zeus se prontificou em realizar quaisquer desejos do casal. Os dois desejaram apenas que nada os separassem; e assim se tornaram os guardiões do templo. 


Certa ocasião, – juntos – diante do templo, inesperadamente, Filêmon notou que Baucis estava se metamorfoseando em árvore, a qual em poucos instante se identificava como uma bela tília; ela por sua vez, no mesmo instante percebera a mesma transformação de seu esposo num imenso carvalho.




A Piedade

A deusa da Piedade era representada pela figura de uma mulher coberta por um longo véu, a qual mantinha na destra uma cornucópia, ao lado de uma criança, tendo aos seus pés uma cegonha. Pois, indicava a ternura dos pais pelos filhos e a afeição humana em razão de seus semelhantes. Essa deusa recebia sacrifícios por parte dos atenienses; e também foi muito venerada em Roma.

Comentário:

A imagem grega (e romana) dada pela representação da Piedade (106), apesar de muito simples expressa com clareza seu primordial significado (não somente por este aspecto): Piedade 106 – 49 Heroísmo = 57 Outorga; isso caracteriza o impulso – imediato – de doação (de modo genérico); lembrando também que o número 57 define a qualidade maternal em todos os sentidos; acentuando dessa forma o quadro deixado por esses povos antigos pela caracterização dessa deusa, ou melhor, em razão desse valor (106). Aliás, nisso também já se embasava entre os gregos a necessária valorização – em termos humanos – do real sentimento de amor ao próximo (sob uma qualidade fundamental: Piedade 106 – 83 Fraternidade = 23 Humildade), condição imprescindível quanto ao sentido em que a humanidade deveria se manter; conforme o mito de Baucis e Filêmon tende a informar.
Ampliando o comentário em bases numéricas: A Piedade (106) como padrão, não quer e nem precisa se mostrar (apesar de seu valor inestimável em termos de evolução humana) como Virtude, que em verdade nem poderia se caracterizar como tal, pois: Piedade 106 – 17 Criatividade = 89 Virtude; para o bom entendedor nisso se configura incompatibilidade; cada virtude apenas se enaltece como um tipo de valor prescrito de modo especial (89 + 144 = 233 – 133 Gratidão = 100 Opinião), ou seja, torna se ciente apenas em razão do quanto as considerações alheias a definiram; a Piedade já equivale a um conceito de amor (106 – 100 = 6 Amor). 

105 – Convicção / 106 – Piedade / 107 – Paz

Numa observação mais avançada isso significa que a Piedade (106) tomada por “continuidade” se encontra entre o risco de “repleção” (105) e o sentido de “igualdade” (107); quer dizer, se ocupa com um tipo de atividade muito elevada: Piedade 106 – 88 Evidência = 18 Eternidade. Mesmo porque (em razão da hierarquia da Pureza):

94 – “simultaneidade” / 106 – Piedade / 118 – Sensatez 

E como: Piedade 106 – 84 Higidez = 22 Intransponível (“intransferível”); isso significa que esse padrão implica numa atitude de ordem pessoal (como evolução real). O mito grego tenta salientar tudo isso configurado pelo casal de idosos, cujo fundo simbólico indicaria a exata condição de qualificação íntima entre: corpo – intelecto –, alma – sensibilidade – pela expressão do espírito; como determinante para classificar – sinceramente – o padrão da Piedade (106).


Legado utilizado como bordão:
“Todo conhecimento que não pode ser expresso por números é de qualidade pobre e insatisfatória” (Lord Kelvin).