terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Mitos de Saúde e Persistência III


Mitos de Saúde e Persistência III
MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mitos de Saúde e Persistência III

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo ou de outra característica astrológica.

Mitos: Saúde e Persistência




Telégono

O nascimento de Telégono aconteceu no decurso das viagens de Ulisses, seu pai, o qual precisou conviver junto da feiticeira Circe, que – por causa desse evento – o gerara durante o curto relacionamento do casal, fato ocorrido na ilha de Eéia, cuja localização era totalmente desconhecida (misteriosa).



No transcorrer dessa viagem, em que só restava uma nau, nessa ilha, os tripulantes foram metamorfoseados em “porcos” sob a eficiente magia de Circe; exceto Ulisses, o qual por instruções recebidas de Hermes – antes de adentrar o palácio – obteve assim imunidade sobre o feitiço; e, ainda usufruiu (pela perplexidade motivada por esse tipo de superação) durante cerca de um ano, não apenas da boa hospitalidade, como também do amor dessa feiticeira. No entanto, depois de conseguir a regeneração de seus companheiros, abandonou a ilha, ainda assim, beneficiado pelas exatas instruções de Circe sobre os riscos de seu percurso marítimo.



Por isso, Telégono se desenvolveu sem as fundamentais atenções de um pai. Já sob as consideráveis qualificações de um adulto, Telégono exigia com persistentes questões impostas sobre sua mãe, quanto ao conhecimento de quem seria o seu pai e também em razão de seu paradeiro; condição que aplicara até conseguir uma resposta exata.



Assim decidido, partiu em busca do pai cujo semblante desconhecia. Após longa viagem desembarcou em Ítaca, com a sensação de incerteza quanto ao roteiro já seguido. E, pela própria necessidade – devido ao longo percurso empreendido – rumou em busca de viveres, cujo tipo de atitude passou a significar saques entre os rebanhos do reino. Por apelos de seus pastores, Ulisses partiu contra o infrator, que por causa desse confronto foi ferido pela lança de Telégono, a qual tinha sido embebida com um veneno fatal. Agonizante, ao refletir no quanto isso sentenciava, Ulisses recordou as predições de um oráculo, entre as quais, havia um alerta sobre sua possível morte, pelas mãos de seu próprio filho. Desconfiado, questionou seu vencedor sobre sua procedência, ao saber quem era seu algoz, fechou os olhos e morreu. Após a identificação de sua vítima, Telégono, inconformado com a tragédia, chorou muito; e, pelos seus próprios rogos obteve autorização para transportar o corpo até a ilha de sua mãe, na esperança de que talvez ela o ressuscitasse; cuja viagem aconteceu em companhia de Penélope e Telêmaco. Porém, Circe nem possuía tantos poderes assim; apesar de pelo desfecho do caso, com sua magia, ter conseguido se casar com Telêmaco e ainda determinar o destino de Penélope (antes considerada um paradigma da fidelidade), a qual decidiu desposar Telégono (para intrigar a conclusão desse mito). 




Filoctetes

Filoctetes era identificado mais como um especial amigo de Hércules, o qual lhe confiara suas terríveis flechas; exigindo-lhe, porém, que ascendesse a pira montada para a sua morte (num gesto de amizade), cuja decisão nesse sentido, significava sua última escolha pelo seu alívio, conforme lhe impunham as dores, ocasionadas por sua manta envenenada com o sangue do centauro Nesso; recebida como presente de sua esposa Djanira. Assim, sob derradeiro juramento, se comprometeu em atender todos os apelos de seu amigo, em cujas condições se incluía também o fato de não poder revelar jamais o local no qual deveria guardar as cinzas resultantes de seu corpo.



Então, Filoctetes conseguiu ser fiel com sua promessa até antes de ocorrer a guerra – com suas exigências sobre todos os aspectos – pela qual fora convocado, justamente por manter como legado as temíveis flechas de Hércules; pois, conforme determinava o oráculo as mesmas eram indispensáveis para a vitória dos gregos sobre Tróia. Desse modo, se encontrava sob esse dilema, contra o qual, se não violasse seu juramento, colocava os gregos em sério risco de derrota, como enunciavam as predições. Numa tentativa de sair ileso – absolvido de um perjúrio –, após a insistência grega, cautelosamente, indicou com seu pé esquerdo o esconderijo em que se encontravam os almejados pertences.



Depois de engajado partiu para a guerra. Entrementes, durante essa viagem, sob condição inexplicável, uma de suas flechas (legadas por Hércules) dentre as outras, se desprendera, atingindo exatamente seu pé esquerdo; cuja ferida – imediatamente – passou a exalar um odor insuportável para os tripulantes. Por isso, foi abandonado na ilha de Lemmos, onde passou cerca de 10 anos, com esse tipo de ferimento incurável; sob os tormentos da solidão. 



Porém, após a morte de Aquiles, os gregos refletiram e  reconsideraram sua indispensável presença – junto de suas flechas –, sendo assim resgatado para o combate. Como auspiciara o oráculo, por seu primeiro arremesso, a vítima atingida mortalmente pela sua flecha, fora o próprio Paris (principal motivo dessa guerra).
Para o desfecho desse mito seria preciso salientar: a ferida persistente de Filoctetes, finalmente foi curada, ao ser beneficiado pela terapia do médico Macaon, filho de Asclépio. 




Comentário:

Fraternidade 83/ Higidez 84/ Persistência 85

Essa seqüência corresponde aos mitos descritos neste tema, os quais em essência justificam esse entrelaçamento de ordem numérica. Sendo necessário acrescentar também que o número 83 (Fraternidade) já serviu de base em função dos mitos da amizade, que novamente se integra pela lógica desse acorde. A saúde (84) que se define sob certa condição de “fragilidade”, se encontra intercalada entre a Fraternidade (83) e a Persistência (85), embora diferenciada, pelas  suas próprias funções. Na relação do 84 com o 83, implica no fato de que a Fraternidade significa também segundo seus termos de variação (sintagmas): amizade, integração e contato, cujas conseqüências ainda permitem a inclusão – nessa lógica – dos elementos associados a “contágios”,  “riscos de epidemias”  e congêneres; bem como num sentido positivo, indicando socorros, hospitalidade, terapeutas e demais classificações nesse sentido. 
O 85 com o 84, em razão desse vínculo necessário, se caracteriza de modo evidente, pois a saúde precisa persistir, por causa de suas variações instantâneas, ou seja, sob os constantes e imprescindíveis tipos de manutenções.

Higidez 84/ Persistência 85/ Proeminência 86

Conforme esse outro acorde dado pela personalização do 85, o qual assim configurado expressa “astúcia” (esforço inteligente), se define entre a condição de saúde e o fator de consistência; indicando com isso motivação, exercício pelo desenvolvimento de certas habilidades, interesses de ordens objetivas e meio de poder estabelecer a qualidade, por determinação nesse sentido.
De acordo com os mitólogos, Penélope se define como modelo de fidelidade; no entanto por este sistema ela se enquadra muito mais em razão da persistência (85).