domingo, 15 de abril de 2018

Plutão em Trânsito V





ESTUDOS ASTROLÓGICOS: Plutão em Trânsito V

Interpretação de Plutão em Trânsito

Na interpretação de trânsitos de modo geral, a característica do planeta conforme já foi explicado anteriormente, embasa um conhecimento essencial pelo andamento eficaz do processo analítico astrológico nas previsões. Aliás, apenas pelo emprego dos trânsitos (até mesmo sem o levantamento da Revolução Solar e Lunar de um período), seria possível se efetivar uma parcial previsão astrológica, sem a necessidade de muitos cálculos, tão somente conforme as efemérides; de uma forma já esclarecida nas aulas de cálculos.
Para prosseguir nessa ordem, os ensinamentos de acordo com Stephan Arroyo, em seu livro “Astrologia, karma e Transformação” sobre o planeta Plutão, se tornam fundamentais, como se seguem:

A maior parte dos astrólogos concorda que o planeta Plutão simboliza uma dimensão da vida tão complexa e com fontes tão profundas que uma aura de mistério rodeia o significado deste planeta no horóscopo de nascimento. Desde sua descoberta tem sido feitas várias tentativas para clarificar o seu significado; e embora os astrólogos sejam capazes de descobrir muitos significados diferentes que servem para os seus objetivos particulares, e embora muitos artigos tenham sido  escritos acerca da influência de Plutão no Karma  coletivo e nos acontecimentos, ainda não fui capaz de encontrar qualquer explicação do significado deste planeta para o  ser humano considerado individualmente e para a sua caracterização psicológica que se possa considerar completa. Parece que existe sempre  algo escondido acerca de Plutão, algo sutil e difícil de  conceituar em termos lógicos correntes. Tudo o que se relaciona com Plutão é de certo modo, fora do comum, é um tanto excêntrico e indica um domínio de imensidão cósmica que confunde o espírito. E isso é verdade não só a propósito da função astrológica do  planeta como também acerca do movimento do próprio planeta.
A órbita de Plutão, como a de todos os outros planetas, é  uma elipse, mas consideravelmente mais assim caracterizada do que  os  demais do sistema solar. Enquanto nos planos orbitais dos principais planetas a ordem é de 7º com o plano da órbita da  Terra ou eclíptica a órbita de Plutão está inclinada 17º. A distância média deste planeta ao Sol é  cerca de 40 unidades astronômicas, sendo esta indicada como a distância média da  Terra ao Sol, ou, aproximadamente cento e cinquenta milhões de quilômetros. Assim 40 unidades equivalem a 6.000.000.000 de  quilômetros.A órbita do planeta é tão pronunciadamente elíptica, contudo, esta distância ao Sol tem uma variação de cerca de 3.000.000.000 de quilômetros,  sendo a distância mínima de aproximadamente 4.500.000, um pouco menos do que a de Netuno, e a máxima com cerca de 7.200.000.0000 de quilômetros, ou seja, quase 75% maior do que a de Netuno.

É curioso observar que, descrevendo sua órbita no mesmo plano de Netuno, Plutão no periélio, estará ligeiramente dentro da órbita daquele planeta. Como resultado da alta inclinação mútua dos planos orbitais  dos dois planetas, as suas órbitas nem por isso se cruzarão em algum momento.
Um dos mais notáveis aspectos de Plutão é que o seu significado abrange muitas qualidades opostas; mas o simples estudo do planeta do ponto de vista astronômico obriga, inevitavelmente, a confrontar medidas que vão do puro minuto às grandezas incompreensíveis. Por exemplo, Plutão é aproximadamente do tamanho estelar catorze, o que significa que tem cerca de 1600 avos de brilho como da mais débil estrela facilmente visível a olho nu num céu claro e sem luar. Este pequeníssimo nível de brilho e aquele tamanho diminuto são fatores bastante ilusórios, pois o poder representado por Plutão ultrapassa em muito os seus atributos físicos. Parece claro que tudo o que estiver relacionado com Plutão (ou com o signo de Escorpião o mesmo a oitava casa) não pode ser corretamente julgado pela sua aparência nem compreendido pela mera observação das características superficiais. A nossa concepção de vastidão do sistema planetário (e, concomitantemente também da natureza dos seres humanos) aprofundou-se muito depois com a descoberta de Plutão. Os astrônomos costumavam considerar o nosso sistema solar como tendo sessenta unidades astronômicas de extensão; agora vêem que tem mais um terço de comprimento, ou seja, oitenta unidades no diâmetro total ou talvez mais, pois sabe-se que o campo gravitacional do Sol se estende muito para além de Plutão. O sistema solar é considerado agora com tais dimensões que a luz – cuja velocidade no vácuo  é de 360000 quilômetros por segundo – precisa de umas onze horas para chegar de uma extremidade à outra do domínio planetário. Tornou-se recentemente claro para um crescente número de astrólogos que a expansão potencial da consciência psicológica que Plutão assim simboliza no horóscopo individual constitui um perfeito paralelo da crescente consciência do vasto âmbito do próprio sistema solar que a descoberta de Plutão propiciou.

Plutão atua a um nível tão profundo e com tanta sutileza que a pesquisa nos horóscopos de pessoas famosas não nos ajuda a compreender o significado do planeta. Afinal, não podemos saber que problemas ocultos ou experiências profundas modelam a vida dessas pessoas. Por isso, a mais importante investigação sobre Plutão deve ser feita em relação com os nossos mapas de nascimento e conforme os de nossos amigos mais íntimos. Quer consideremos relativamente à experiência individual, quer aos fenômenos coletivos, Plutão simboliza uma forma de poder extremamente concentrada. Este poder é tão intensamente concentrado que a forma física ou o tamanho dos fenômenos (como o do próprio planeta) é irrelevante. Por exemplo, a bomba atômica é geralmente considerada como uma fonte do poder de Plutão. A quantidade da energia liberada de uma bomba dessas é extraordinária em comparação com o tamanho físico deste planeta. Como dissemos acima, o próprio planeta possui esta característica, visto que, sendo embora menor do que a Terra, a sua influência afeta a vida terrestre numa proporção muito maior do que o seu tamanho poderia indicar comparativamente. Assim a força de Plutão deriva de uma fonte que está para além ou no interior da sua forma física, através da qual ela emana. A grande energia de Plutão provém de uma fonte de modo algum evidente, que podemos chamar de transcendental. É esta a razão pela qual a energia deste planeta sempre se manifesta em termos de opostos, pois aquilo que é verdadeiramente transcendente só pode ser entendido pela consciência psicológica normal em níveis de polarização: como luz e trevas, alegria e tristeza. Por exemplo, a energia nuclear e o uso, em larga escala de pesticidas químicos têm sido referidos como fenômenos associados a Plutão. São ambos fontes de grande poder e todos conhecemos os resultados que deles podem advir; tendo sido ambos usados de modo a se aproveitar seus aspectos negativos, destrutivos, de cujos forças ocorrem: poluição radioativa e perturbações genéticas, envenenamento químico do solo, dos alimentos e da água.

Plutão simboliza, portanto, um tipo de poder que só pode ser usado criativamente quando o usuário está espiritualmente orientado, na medida necessária, visto que a evolução e a cura espiritual em profundidade são as únicas áreas da experiência nas quais as forças de Plutão podem ser utilizadas sem receio de sua influência negativa.

(continua)

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